terça-feira, 27 de julho de 2010

Se eu morresse amanhã...















Mais uma das grandes e eternas obras de Álvares...para vossas apreciações...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Mais uma poesia desse grande escritor...

Mais uma poesia de Álvares de Azevedo, depois de um longo tempo longe do meu blog, resolvi escrever novamente...prometo não parar mais!!!!


"Amor

Amemos! Quero de amor
Viver no teu coração!
Sofrer e amar essa dor
Que desmaia de paixão!
Na tu’alma, em teus encantos
E na tua palidez
E nos teus ardentes prantos
Suspirar de languidez!

Quero em teus lábio beber
Os teus amores do céu,
Quero em teu seio morrer
No enlevo do seio teu!
Quero viver d’esperança,
Quero tremer e sentir!
Na tua cheirosa trança
Quero sonhar e dormir!

Vem, anjo, minha donzela,
Minha’alma, meu coração!
Que noite, que noite bela!
Como é doce a viração!
E entre os suspiros do vento
Da noite ao mole frescor,
Quero viver um momento,
Morrer contigo de amor!"

terça-feira, 3 de março de 2009
















Nossa,

Já faz muito tempo que não escrevo aqui. Mas também não está tendo assim tanto movimento não é mesmo?.
Acho que nem todo mundo, ou quase ninguém, se interessa tanto pelo assunto de Álvares de Azevedo quanto eu.
Mas mesmo assim aí vai mais um poema, não meu, mas dele...afinal, esse blog foi criado inspirado nele não?!
Apesar de triste, muito triste, esse poema é belo, é ímpar, é surreal...aproveitem bem a leitura.

bjs e aí vai

Lembrança de Morrer

Quando em meu peito rebentar-se a fibra, 
Que o espírito enlaça à dor vivente, 
Não derramem por mim nenhuma lágrima 
Em pálpebra demente. 

E nem desfolhem na matéria impura 
A flor do vale que adormece ao vento: 
Não quero que uma nota de alegria 
Se cale por meu triste passamento. 

Eu deixo a vida como deixa o tédio 
Do deserto, o poento caminheiro, 
– Como as horas de um longo pesadelo 
Que se desfaz ao dobre de um sineiro; 

Como o desterro de minh’alma errante, 
Onde fogo insensato a consumia: 
Só levo uma saudade – é desses tempos 
Que amorosa ilusão embelecia. 

Só levo uma saudade – é dessas sombras 
Que eu sentia velar nas noites minhas… 
De ti, ó minha mãe, pobre coitada, 
Que por minha tristeza te definhas! 

De meu pai… de meus únicos amigos, 
Pouco - bem poucos – e que não zombavam 
Quando, em noites de febre endoudecido, 
Minhas pálidas crenças duvidavam. 

Se uma lágrima as pálpebras me inunda, 
Se um suspiro nos seios treme ainda, 
É pela virgem que sonhei… que nunca 
Aos lábios me encostou a face linda! 

Só tu à mocidade sonhadora 
Do pálido poeta deste flores… 
Se viveu, foi por ti! e de esperança 
De na vida gozar de teus amores. 

Beijarei a verdade santa e nua, 
Verei cristalizar-se o sonho amigo… 
Ó minha virgem dos errantes sonhos, 
Filha do céu, eu vou amar contigo! 

Descansem o meu leito solitário 
Na floresta dos homens esquecida, 
À sombra de uma cruz, e escrevam nela: 
Foi poeta - sonhou - e amou na vida. 

Sombras do vale, noites da montanha 
Que minha alma cantou e amava tanto, 
Protegei o meu corpo abandonado, 
E no silêncio derramai-lhe canto! 

Mas quando preludia ave d’aurora 
E quando à meia-noite o céu repousa, 
Arvoredos do bosque, abri os ramos… 
Deixai a lua pratear-me a lousa!



terça-feira, 18 de novembro de 2008

Desilusão e Vida - Relação cara a cara

Mais duas das minhas poesias...

Desilusão,
Palavra que rima,
Com solidão, aflição, separação.
É difícil de sentir, mas quando vem,
Vem de um jeito que a gente chega até a tirar os pés do chão.
A cabeça não pensa,
O corpo não sente,
As mãos estremecem,
A alma padece.
Mas tudo isso termina,
Quando vem uma paixão,
E um grande amor se principia.

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Vida,
Para se viver ou para sofrer.
Amor,
Para se amar ou odiar.
São mistérios da vida.
Descobertos a cada minuto vivido.
Mas tem que ser seguido corretamente.
Vida para se viver,
Amor para se amar.
Pois assim é e será para sempre,
Se for seguido conforme as leis de Deus.

Em breve mais das minhas poesias...
Até mais...

A planta do amor...

Bem, estou eu cá novamente para continuar minha saga, saga está que gira em torno das minhas preciosas e irrequietas poesias.
Antônio começou a escrever sua poesias entre seus dezesseis e vinte e poucos anos, e quase nada viveu para ver o resultado de tudo isso.
Para mim tudo começou no alto dos meus vinte anos e passou ao logo dos anos seguintes, bem como uma "Lira dos Vinte Anos", esse belo e maravilhoso livro, na minha opinião um dos melhores na arte da poesia.

Aqui vai mais um dos meus poemas para apreciação de todos...


A planta do amor

O amor é como uma planta,
Brota de repente,
Em qualquer lugar que for.
E cresce rapidamente,
Até criar raízes profundas,
Dentro do coração.
Mas é preciso regar,
Para essa planta não secar.
Precisa acima de tudo,
De muito carinho,
Para ela nunca morrer.
Mas se isso acontecer,
O amor vai acabar,
Pois quem fez ela morrer,
Amor não foi capaz de dar.


Aguardem em breve novas poesias.
Até mais

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Mais das minhas poesias...

São mais duas das minhas mais de 170 poesias, são tantas que já perdi a conta.

Lá vai...


Pensamento,
Que faz parte do sentimento.
E dependendo do pensamento,
A cabeça pode se perder,
No firmamento.
Mas ele é sempre o fundamento,

Da vida, do amor, da esperança.
Que se desgasta com o tempo,
Porque tudo terminou.
E acaba desse jeito,
Porque tudo já está feito.

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Flores de três em três

Flores,
Para quem tem amores.
Flores,
Para quem sente dores.
Flores,
No dia dos horrores.


Flores,
Na natureza.
Flores,
Para sua beleza.
Flores,
Para não ter tristeza.

Flores,
No amanhecer.
Flores,
No entardecer.
Flores,
No anoitecer.

Flores,
No seu jardim.
Flores,
De ti para mim.
Flores,
Para não ter fim.

Flores,
Para te dizer.
Flores,
Para não esquecer,
Flores,
Que eu amo você.

Flores, Flores, Flores.

Como tudo começou...

Bom, para inaugurar meu blog, começarei com a minha primeira poesia, a primeira que escrevi em toda a minha vida.
A data não me lembro muito bem, mas sei que foi em meados do ano de 2000, acho que mais precisamente em agosto, no final de um deprimido inverno. Bem, qual inverno por si só não é deprimido?.
Eu adoro o inverno, acho que exatamente por isso, por sua deprimência, por sua cor cinzenta, por sua tão sublime tristeza, mas que é bela também. É da tristeza afinal que se encontra a saída para ela mesma não?!. Pelo menos para mim sempre foi assim.
Posso dizer que sou discípula de Álvares de Azevedo, meu poeta, meu ídolo, a quem eu devo toda minha inspiração, e claro o "pai" do Ultra-romantismo, Lord Byron, a quem Álvares de Azevedo também se inspirou.
Meus poemas foram escritos em um tempo de muita turbulência, foi nesse cenário que encontrei inspiração para escrevê-los e sem sombra de dúvidas acho que deu certo, sem falsa modéstia.
Bom sem mais delongas aí vai o início do que para mim não terá fim...

Para que chorar?
Se a vida é tão bela,
Ela é como uma aquarela,
Que se pode desmanchar,
Com gotas livres pelo ar
Arremessadas de um olhar.